Que a Cultura FM é uma rádio pública todos sabem, mas que a nossa emissora está em sério processo de sucateamento desde o início da desastrosa Era Roriz, talvez, poucos saibam.
A expectativa era que, com o novo governo, isso fosse mudar. Eis que na segunda semana de janeiro de 2011, o Diário Oficial publicou a exoneração do jornalista Marcos Pinheiro, até então Diretor da Rádio Cultura responsável direto por reestruturar e reerguer a nossa emissora.
Acredito que todos saibam, porém, é sempre saudável lembrar e destacar atitudes positivas. Enquanto jornalista, Marcos Pinheiro foi o responsável por escancarar as portas do jornal Correio Braziliense para a cultura musical local e independente; faz parte do corpo de comunicação da ONG Porão do Rock; promove eventos e faz discotecagem em festas. Antes de tudo isso, foi criador e comanda o programa semanal Cult 22, na própria Rádio Cultura, há quase 20 anos, tornando de tal sorte um dos programas, em plena atividade, mais antigo do Brasil. Ou seja, o Cult 22 atravessou diferentes gestões governamentais, algo que prova um amor incondicional pela música e pela cultura de uma forma geral.
Um dos raros acertos da calamitosa gestão Arruda, foi ter nomeado o Marcos Pinheiro como o diretor da rádio pública que esse jornalista tanto ama e defende. Exonerá-lo faz parecer que tal decisão só foi tomada por duas razões: o fato do ‘Marquinhos’ ter sido indicado e tomado posse no governo anterior e/ou para dar o cargo a algum apadrinhado político-partidário. Em qualquer uma das duas possibilidades citadas, a condução de um governo que tenha por pauta a participação popular, não poderia tomar tal medida sem antes consultar a base das pessoas atendidas pela emissora (entes e agentes culturais) e sem antes analisar o fantástico trabalho de resgate da Cultura FM promovido pelo Pinheiro enquanto diretor de nossa rádio.
O seu antecessor, o também jornalista Perdigueiro, indicado por Joaquim Roriz, sob o prisma de dar mais popularidade à Rádio Cultura, mudou praticamente toda a programação, expulsou quase todos os antigos ouvintes (sem ter ganho novos fãs) e restringiu o dial da 100,9 FM a poucas vozes e acordes. Marcos Pinheiro, logo que tomou posse, tratou de desarmar a bomba, democratizar a cadeia de programas e limpar nossos tímpanos.
A nova Rádio Cultura, comandada por Marcos, deu voz e vez para todos os gostos, sem distinção de credo e sem interesse algum em agradar políticos e/ou partidos políticos. A nossa emissora voltou a respirar Cultura, a tocar música da cidade e voltou a divulgar todo tipo de eventos culturais (teatro, cinema, exposições, shows, etc) que estavam acontecendo. Era, enfim, uma rádio pública, que transmitia cultura e informação e não um sórdido balcão de negociatas políticas.
Por essas e outras, rogo que assine, divulgue e recolha assinaturas para esse abaixo assinado, o qual solicita a imediata recondução e recontratação do Marcos Pinheiro como o Diretor de nossa Rádio Cultura 100,9 FM. Outro pedido é que participem de um ato público, no dia 21 de janeiro de 2011 (sexta-feira), às 16 horas, em frente ao Palácio do Buriti, caso a reivindicação desse abaixo assinado não seja atendido até a data da manifestação.
Se você gosta de cultura, se você produz cultura, por favor assine!
Atenciosamente,
Fellipe CDC (fanzineiro, músico, produtor e poeta)
Por favor, imprima e recolha assinaturas. O abaixo assinado pode ser deixado nas lojas: Kingdom Comics (Conic, 3223-7852), Berlin Discos (Conic, 3226-3106), Porão 666 (3562-3573) ou Abriu Pro Rock (Gama, 3484-0132). Tais pontos também são locais para a coleta de assinaturas. Faça sua parte e ajude a cultura local!
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