Saturday, December 11, 2010

BELO AEROCIRCO

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BELO AEROCIRCO

Eu não lembro mais como foi que o Maurício Peixoto chegou até a mim, ou se aconteceu o contrário. O que penso é que sou grata por esse encontro virtual. Foi por meio do Maurício que tive acesso a mp3 de canções da Aerocirco: uma das bandas mais interessantes do indie nacional e que, não sei qual razão, vejo poucos comentários sobre o quarteto. Ou talvez eles existam em massa e eu não soube porque me afastei um pouco mais deste universo no decorrer do ano por razões que discutirei depois na edição do Elebu.

Mais cedo no ano recebi a correspondência de Peixoto, que toca guitarra e teclado na banda, com o disco “Invisivelmente” em SMD. Um material muito caprichado com um encarte separado com as letras das músicas e um pôster dos integrantes. A arte é em cima de um desenho de tecido de textura grossa (pelo menos é essa a sensação) com estampa de desenhos aleatórios. Achei de grande bom gosto. Não comentei a respeito do disco na revista – Rodrigo Daca já havia feito um texto muito bacana a respeito na coluna dele no Elebu –, mas posso registrar minha opinião aqui no blog.

“Invisivelmente” é uma peça rara entre os indies. As letras são pop puro, com tudo que você pode esperar de algo do tipo: assoviável, fácil memória, refrão bacana. O que não se espera do gênero, e o quarteto apresenta no disco, é a boa unidade, a qualidade na simplicidade, a boa produção. Fui apresentada por Peixoto a dois singles antes do lançamento de “Invisivelmente” (esses eu comentei no Elebu): “Não Leve a Mal” e “Faz de Conta”. Essas duas canções são perfeitas como produto pop.

O disco traz outras coisas muito boas. Eu vi que o bom nível estava intacto logo na faixa de abertura “Última Estação”. Gosto da progressão de emoções caracterizadas por aquelas músicas que começa com baixo e os demais instrumentos vão entrando em cena numa graduação até consolidar a parede sonora. Ok, falando assim soa clichê, mas garanto que o resultado foi muito feliz. Tem os momentos que não aprecio tanto assim, o que é natural em qualquer obra.

Passados meses, esse disco continua a ser uma presença freqüente no meu playlist. Procure conhecer que vale mesmo a pena.

Ouça aqui

POSTADO POR DJENANE ARRAES

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